Meteorologia Brasileira

passos, distinguindo-se-lhes, já, as conexões íntimas com a meteorologia. Por outro lado, as múltiplas aplicações desta última, impõem-se a cada passo, aos seus cultores e aos estadistas.

Eis aí, em estilo sincopado da época, o extrato dos extratos da história geral da meteorologia. Não temos espaço para lhe ilustrar as etapas. O leitor interessado encontrará ótima descrição da vida dessa Ciência no primeiro volume do tratado monumental de Shaw(1). E se tem o gosto e a paciência dos humanistas, procure ler os trabalhos de Hellmann, ex-diretor do Serviço Meteorológico Prussiano, cuja erudição de antiguidades completa o primeiro trabalho citado (2 a 4). Há ainda o rápido bosquejo de Rouch, um tanto eivado de bovarismo científico, tão comum, porém perdoável, nas obras francesas(5).

No Brasil, as primeiras atividades meteorológicas, como seria de esperar, restringiram-se às observações climatológicas fundamentais. Pequenas séries aqui e acolá, sem grande uniformidade de métodos e de equipamentos, porém, conduzidas, algumas, com notável esmero e carinho. No último quartel do século passado e no começo do atual, apontam as primeiras organizações meteorológicas, sempre com o mesmo objetivo limitado da climatologia, cujas séries maiores já são manipuladas pelos grandes mestres estrangeiros, interessados nos estudos mundiais. A maior parte dessas organizações foi obra de cientistas estrangeiros, embora em alguns casos, a simples ampliação de primitivos esforços de observadores nacionais. Muito se deve igualmente a ordens religiosas, como a dos Salesianos, por exemplo, zelosos e tenazes pioneiros da climatologia mato-grossense e amazonense. A história da meteorologia brasileira, nessa fase preliminar, está muito bem resumida na conhecida obra de um dos nossos mais hábeis polígrafos — Delgado de Carvalho (6). Seria inútil repeti-la. Foi nessa fase que se destacaram os nossos primeiros climatologistas,

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