e eficiência, as suas atividades em torno da previsão de tempo e da hidrometria. Em 1909 a "Oficina Meteorológica Argentina" era uma das grandes organizações do mundo. Por ela passaram meteorologistas de fama como Gould, Davis, Bigelow e Clayton. Atribuímos esse maior progresso do país irmão a dois fatores principais, além de outros mais de caráter geral. Para citar apenas os primeiros, lembremo-nos da maior hostilidade das condições atmosféricas na Argentina (abstração feita de nossas secas nordestinas), tomando mais em consideração os interesses agrícolas e pastoris, e notemos a influência de reputados mestres estrangeiros na direção e na assistência técnica do Instituto. Além dos nomes já citados, trabalharam na Oficina, Lange, Solyom, Wolf, entre outros. Lá está, até hoje, ao lado de Hessling, embora deplacé nos últimos, tempos pela "nacionalização" crescente do Instituto, o velho e prestigioso climatologista Mossman. E esse fator é tanto mais certo de haver influído poderosamente para o justo renome da meteorologia argentina que, disperso o pugilo brilhante de cooperadores estrangeiros, a Oficina, mau grado as solicitações do progresso geral da ciência do ar, tem desmerecido, entrando no regímen da direção instável, das divergências intestinas e das competições incompatíveis com o trabalho científico. No Uruguai e no Chile a história foi mais ou menos análoga, porém, em menor escala, quer no fastígio, quer no declínio. É justo consignar a repercussão sobre as três organizações mencionadas da última e tremenda crise mundial. A despeito de todos os óbices, o pequeno Serviço do Chile é o que patenteia, na atualidade, maior espírito progressista: contudo, as organizações da Argentina e do Uruguai, ora em mãos de dirigentes capazes, deverão, muito breve, voltar às glórias passadas.

No Brasil, a reforma de 1909 promoveu imediata ampliação da rede climatológica e, sob a bem estudada direção técnica de Morize, passou a mesma a adotar ótimo equipamento