Isto é: — positivamente zero. Faz-nos lembrar o quadro final de certas operetas, que mal se lhe organiza a encenação apoteótica e o público já está cuidando de bater em retirada. O símile é perfeito até na qualidade do espetáculo. A meteorologia lecionada ao apagar das luzes físicas, é sempre aquela monótona assembleia de barômetros, termômetros e higrômetros de condensação... Muitas vezes o pano cai antes da apressada exibição, e nada se perde com isso. Se o mestre avança mais um pouco, é para incutir noções de meteorologia rançosa e genuinamente europeia — aquela que começa pelas indicações errôneas dos mostradores de aneroide baratos. (*)Nota do Autor
Precisamos varrer tudo isso para o cesto de papéis servidos, e recomeçar... Vejamos o melhor caminho, sem discursos ou pareceres, sem reformas, ministros e parlamentares. E indiquemos cousas razoáveis, praticáveis, de acordo com as condições do país. Cuidemos em primeiro lugar de arranjar os mestres, aperfeiçoando alguns e criando outros.
O problema não é simples, mas é solúvel. A dificuldade máxima está no necessário e inevitável monopólio da meteorologia pelo Estado. Só ele a explora — prática e teoricamente. Teremos, portanto, de partir dos Institutos oficiais. Dali, sairão os primeiros mestres. Com o tempo, estender-se-á a difusão da meteorologia, aperfeiçoando professores e catedráticos estranhos, obrigados a tratar dessa ciência nas cadeiras de geografia e física — as que mais comumente a envolvem. Dali, demandará o ensino meteorológico em busca das escolas superiores especializadas.
O ensino precisa começar nos próprios Institutos Meteorológicos. Para o seu pessoal, não bastam a biblioteca