sendo regulado o currículo consoante as exigências dos cargos. Dado o grande interesse do Instituto por esse valioso recurso de ensino, conviria fosse ele assegurado pelo Regulamento interno da Repartição, recebendo o corpo docente gratificações extraordinárias, por aulas teóricas e práticas, que só poderiam ser dadas em prorrogação de expediente. Esses cursos seriam franqueados a estranhos. É o regímen mais liberal e mais propício. Claro está que, tal projeto, se compreende, na fase preliminar da difusão do ensino meteorológico, fase de exceção, em que se procura aninhar o cultivo da ciência, desvendar vocações e aliciar adeptos num meio completamente alheio aos estudos da atmosfera. Com o correr dos anos o ensino oficial repercutirá fora dos Institutos, melhorando o que já temos — agregado à física, geografia, etc., e promovendo a criação de cursos especializados nas escolas superiores, universitárias ou não. Também é evidente que na fase preliminar descrita, os cursos não podem, infelizmente, visar a formação pedagógica propriamente dita. O processo tem de ser, por força, indireto. Tão cedo não poderá aspirar a meteorologia entrada em escolas normais superiores. O certo é que, ativando-se o ensino nos Institutos, ele transbordará para fora, corrigindo velhos e viciados sistemas didáticos e expurgando as publicações eivadas de erros e noções desorientadoras.

Não vemos senão o caminho apontado ou ainda o atalho similar — antes complementar, de cursos especiais em determinadas escolas de ensino agrícola, militar e as que mais necessitam da meteorologia aplicada, professados por meteorologistas dos Institutos oficiais — os únicos mestres existentes, por ora. Aliás, ambos se justificam e se tornaram prementes. Quando exercíamos o cargo de Diretor do Serviço Meteorológico da União, insistimos várias vezes na criação de uma cadeira de meteorologia na Escola Superior de Agricultura e, baseados no nosso desinteresse pelo aspecto financeiro dessa medida, olhando só a propaganda