de alguma tempestade econômica, ou simplesmente descansa... Não é o que necessita o Instituto.

Temos muita observação, com a nossa longa experiência, a respeito do valor intrínseco dos profissionais titulados nos trabalhos ordinários do Instituto Meteorológico. Referimo-nos evidentemente aos adventícios e não aos que já fizeram sua carreira na casa, partindo de cargos bem menores do que os ocupados atualmente, vencendo menos pelos seus diplomas. Alguns desses últimos foram mesmo buscar os seus títulos quando já galgados os altos postos, provavelmente, influenciados pelos preconceitos reinantes no país, pois não atinamos com a serventia intrínseca da formatura a posteriori em especialidades profissionais que nada tem com a meteorologia. Raríssimos engenheiros no estrangeiro se tornaram meteorologistas, e muitos destes, de grande nomeada, começaram simplesmente com o bacharelado em ciências — alguns, até, sem título nenhum.

O maior inconveniente dos titulados na faina meteorológica, verifica-se nos cargos inferiores. Tenham valor ou não tenham, lá nas suas profissões. Aguardem ou não o concurso, para subir na Repartição em que servem, nota-se quase sempre a maior incompatibilidade entre esses funcionários e os trabalhos que lhes são distribuídos. Julgam-se diminuídos com as incumbências dadas, ou se irritam com a natureza das mesmas, pela sua monotonia ou simplicidade. Resultado: enquistam-se onde estão, obstruindo os trabalhos normais do Instituto e criam maus exemplos.

Não podemos impedir a entrada de tais elementos pela primeira porta do Instituto, quando o logram pela brecha legal do concurso, mas, podemos sustar-lhes a nomeação efetiva se, durante o Interstício regulamentar, ficar amplamente constatada a referida incompatibilidade. De qualquer forma, o que desejamos salientar é uma das sérias desvantagens de engenheiros, médicos e advogados, sobretudo os puramente adventícios, sem nenhum propósito de fazer carreira meteorológica,