certo, pontual, expedito e ininterrupto, se falha o apoio superior, por pieguice ou escora política?
Nos países mais adiantados, de maior cultura, mais disciplinados, a técnica administrativa de repartições científicas está desataviada de tais processos de defesa. Neles, os problemas são de coordenação, de economia, de produção rigorosa e expedita. O faltoso é punido, seja ele quem for. Não há nepotismo a combater, chicanistas a cercar por lodos os lados (porque de um só golpe são abatidos). Não há a "parada completa do vis intellectualis, o reinado da burocracia, o triunfo inconteste da apatia e da chinesice administrativa", consoante a expressão viva de Calógeras. No Brasil, o Instituto científico que quiser levar vida digna e útil, terá que imaginar a técnica administrativa usual, deles estrangeiros, e mais uma outra especial de adaptação do organismo, de aclimação da estrutura ao ambiente especialíssimo do país. Adaptação e aclimação, mas com a menor degeneração possível. Nos movimentos, estudar a combinação de polias que mais sirva, conjugando a rotação lerda e pachorrenta da administração geral, com o giro vivaz, necessariamente acelerado, do maquinismo técnico. Milagres da cinemática. Não é tudo. Há paradas da grande roda, reclamando a polia livre. Mais ainda. Por vezes, o movimento dessa grande roda "desdentada", é francamente retrógrado, exigindo o cruzamento da correia, segundo as tangentes interiores, para que a rodinha nervosa prossiga nas revoluções ordinárias, irredutíveis... para a frente.
Quanto a adaptação sobre outros aspectos, ainda teremos de recorrer à mecânica, optando pela roldana livre, entre o ramo da corda, fixo à administração geral, e o ramo móvel, dúctil e acomodatício, nas mãos do cientista ansioso por sorrir. Nessa inevitável combinação, jungida ao paralelismo, porque a parte não pode destoar do todo nas relações externas, o esforço é inexoravelmente o dobro, como dupla é a distância percorrida pela potência com relação à da resistência, no modelo escolhido. Tudo tem que ser previsto —