Com o fim de contribuir à elucidação do gravíssimo problema, que se nos depara nesta encruzilhada da vida brasileira, é que reuni os capítulos do presente livro, na presunção de que eles servirão de alguma forma para esclarecer o debate, que se irá travando a respeito do assunto.
O livro presente não é um grito regionalista. Não é uma obra de puro paulistanismo, em que eu reivindicaria justiça unicamente para S. Paulo, cuja situação na União brasileira, está reclamando uma revisão.
É antes, uma exposição em que a justiça para todos vem sendo advogada.
Cada povo requer uma organização política de acordo com as condições particulares que lhe são próprias. Se estas, não forem satisfeitas por um regime correspondente e proporcionado, haverá por força o desequilíbrio, e desse desequilíbrio a série de eventos que constituem o mal-estar e, por fim, a anarquia.
Assim a forma de governo é determinada pelas circunstâncias de várias ordens, como por exemplo pelas circunstâncias geográficas, sociais, raciais, culturais, etc.
Cada povo tem essas circunstâncias especiais a demandar um certo e determinado regime político.
Cada regime político tem, pois, de ser fabricado sob medida para cada povo.
Não é indiferente que cada povo use de regimes próprios para outros povos.
Em tese, é facílimo verificar a certeza do que acima ficou dito. Basta uma simples observação, para a verificação da justeza do afirmado.
Assim o Brasil requer uma determinada forma de governança.