História de D. Pedro II, 1825-1891 volume 2º Fastígio, 1870-1880

de sua adolescência, adquiriam, enfim, uma solidez que nunca haviam tido nem teriam mais tarde. As províncias todas, as mais vizinhas como as mais distantes da capital do Império, se congregavam num só pensamento, numa só aspiração, em torno do governo central do Imperador. A unidade nacional, tantas vezes ameaçada, no norte em 24, no sul em 35, no centro em 42, aparecia agora definitivamente assegurada. O Brasil era, realmente, uma só e única nação.

Firmávamos, no exterior, um conceito que jamais tivéramos. A estabilidade de nossas instituições, sua natureza conservadora, a paz interna e externa, a justa nomeada de nossos estadistas, o requinte de nossa sociedade e, sobretudo, a personalidade inconfundível, frisante, respeitável sob todos os sentidos do nosso Imperador, tudo concorria para emprestar-nos lá fora uma reputação que, exceção dos Estados Unidos, a nenhum outro país da América era dado gozar.

No Continente, a nossa vitória sobre os paraguaios, e mais do que essa vitória, o cavalheirismo com que tratamos os nossos inimigos derrotados, destruindo, assim, a acusação que se nos faziam de conquistas territoriais, dava ao Império, junto às Repúblicas hispano-americanas, sobretudo às do Prata, nossas aliadas na guerra, um prestígio que só muito mais tarde, em virtude de vários fatores, é que nos seria arrebatado. Elizalde, ministro de Estrangeiros da Argentina, no governo de Mitre, declarava-se disposto a não se separar do Governo Imperial, no qual confiava, por ser "um Governo

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