dos canhões atuais, bem como espelhos parabólicos de metal que, concentrando os raios solares, faziam arder os navios inimigos sobre que incidiam. É melhor conhecida a pólvora; e, com a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, a artilharia está plenamente aceita por todas as Marinhas, ainda por aquelas que, como a francesa e a inglesa, a consideraram de início arma desleal e traiçoeira. Antes da artilharia, porém, usou-se largamente o fogo-grego, misto incendiário importado do Oriente pelo povo que lhe deu o nome, e composto de substâncias oleosas ou resinosas de combustibilidade extrema.
Isto quanto ao armamento. Em relação à arquitetura e qualidades marinheiras dos navios, as galés vão crescendo em dimensões, as ordens de remos e os remadores se multiplicam em benefício da velocidade, os navios de combate revestem-se de chapas protetoras de metal, a vela, usada a princípio como meio auxiliar, torna-se, aos poucos, elemento único da locomoção.
Novo período de navegação se consolida com a bússola, tendo por ponto de partida a batalha de Lepanto. É o período da Marinha a vela. E para substituir Veneza e Gênova, as duas repúblicas do Mediterrâneo que sustinham então o poderio marítimo, surgem os navegadores modernos, portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses, franceses,