vida e as possíveis evoluções, dentro dos limites plausíveis de previsão em matéria tão real, portanto, tão complexa e cheia de imprevistos.

Se observamos o processo da criação das entidades municipais mineiras e seu estado atual, com relação ao território, as cousas aclarar-se-ão sobremaneira. As populações, a princípio adventícias, que se fixaram rápida e provisoriamente em redor da economia destrutiva das explorações minerais, permaneceram depois, pela agricultura, em uma vasta zona que compreende essencialmente o Sul, a Mata e o Centro.

Aí, a densidade sempre crescente originou cidades de riquezas apreciáveis, que se foram libertando aos punhados. Os municípios pulularam com extraordinária frequência. Na Mata, as comunas originárias da recente entrada de colonos agricultores, chefiados quase que às barbas da nossa geração por alguns aventureiros, criaram-se como que simultaneamente, pondo no coetaneo e no agrícola o característico principal de um adensamento rápido e fora do comum.

Por isso mesmo, é possível, na Mata e no Sul, o município que se compõe somente do distrito da sede, com menos de 500 Km² de superfície total. Quer dizer que, através da população, o município caminha para a comuna, restringindo o seu raio de ação àquele setor que realmente corresponde ao "ecúmeno" municipal.

Em Minas, 51,86% dos municípios têm de 250 Km² a 2.500 Km², os quais estão em sua totalidade situados