nas zonas onde se adensou a população e as culturas vegetais obrigaram uma fixação e uma permanência, que invadem as próprias aglomerações urbanas.

Pelo contrário, onde a natureza forçou uma cultura de animais, por exemplo, e onde a distância não facilitou o adensamento, os municípios têm territórios de nações. Paracatu tem 30 mil km², São Romão 22 mil, Theófilo Otoni 19 mil, Januária 16 mil, Jequetinhonha 15 mil, Itambacuri 15 mil, João Pinheiro 14 mil, Pirapora 14 mil, Frutal 14 mil, Grão Mogol 13 mil, Rio Pardo 12 mil, Diamantina 11 mil, Ituiutaba dez mil, Uberaba nove mil, Manga nove mil, Arassuali nove mil, para citarmos apenas os maiores.

Nesses municípios, que se localizam especialmente no Norte, Nordeste, Triângulo e Baixo Rio Doce, recuperamos duas trajetórias esclarecedoras. Ora estão em zona de cultura de rebanhos, ora estão em pontos distantes da "linha de movimento" da civilização continental, que caminha centripetamente, da periferia para dentro, divergindo aqui e ali, onde houve dados geográficos favoráveis a um encurtamento do processo. Na geografia social, como nos romances sugestivos de Wells, encontram-se às vezes filtros misteriores que apressam a vida e fazem correr os processos biológicos, que a lei faria milenários.

A distribuição dos 214 municípios mineiros pela superfície dá o seguinte quadro (em 31.XII.25):