A formação dos nossos municípios vem, assim a tornar-se um capítulo à parte, na economia das comunicações.
A falta de uma boa ponte sobre o rio das Mortes criou problemas para os habitantes, de São José del Rei, hoje Tiradentes, pois, diz o seu excelente cronista:
"A vila de São José foi criada para comodidade dos povos do distrito, tornando-se mais próximas as justiças aos que a elas tivessem de recorrer, visto ser grande a distância em que ficavam muitos moradores da vila de São João; ora, limitado o termo a meia légua quadrada, desaparecia por completo a tal comodidade; ficava a mesma distância os mesmos embaraços na passagem do Rio das Mortes e do Elvas". (Herculano Venoso — Ligeiras Memórias sobre a vila de São José, 1919, São João del Rei, pag. 26).
Os municípios das fronteiras devem também merecer condições excepcionais, da mesma forma que as cidades tradicionais. São José del Rei é uma dessas aglomerações surgidas da folia do garimpo, que está em plena decadência e ruína.
O nosso país apresenta zonas de florescimento e de decadência, onde as edilidades sobem e descem, ao sabor da economia regional.
Um Estado que oferece impressionante contraste, por ter sofrido grandes deslocamentos de população e de riqueza, é o do Rio. A comparação das rendas das mesmas cidades de certas zonas, em distância de 35 anos, é sugestiva: