Galardoava-se, destarte, o mérito incomum do forasteiro, do mesmo passo que se lhe honrava o berço natal, a que por esse tempo dava brilho e renome a constelação de luso-americanos, que se notabilizavam na universidade reformada, entre docentes e discentes.
Brasileiro era-lhe o Reitor, D. Francisco de Lemos,(6) Nota do Autor em cuja competência, dedicação inexcedível e antipatia ao predomínio jesuítico se esteou Pombal, para planear a sua reforma universitária e executá-la, e bem assim João Ramos,(7) Nota do Autor que se passara do magistério em Coimbra à magistratura, feito desembargador no Porto, e da Casa de Suplicação, antes de servir de procurador da coroa e membro da Junta de Providencia Literária, em que foi o mais constante colaborador do seu irmão.
Brasileiro, José Corrêa Picanço, graduado em Montpellier, a cujo saber foi confiada a regência de uma das cadeiras do curso médico - anatomia e cirurgia - em substituição a Luiz Cichi, que deu "má conta de si", ao tempo em que outra matéria médica, psicologia, tocava ao seu compatriota José Francisco Leal.
Brasileiros, entre outros fervorosos nos estudos universitários, que ultimaram com assinalado proveito, João da Silva Feijó, fadado a encetar a sua atividade de naturalista em Cabo Verde, por incumbência oficial; Diogo de Toledo Lara e Ordonhes que, não obstante adstrito ao curso de leis, divagaria pelos domínios das ciências naturais, como evidenciou o ensaio de ornitologia,(8) Nota do Autor, elaborado nos vagares da sua judicatura, exercida com retidão; José Arouche, da mesma estirpe, que inauguraria o curso jurídico em São Paulo, feito seu primeiro diretor; Antonio Pires da Silva Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida, discípulos laureados de La Ciera, que os apontaria ao governo lusitano, como sobremaneira idôneos para serviços astronômicos de campanha, ao tratar-se da demarcação dos limites convencionados em 1777; Joaquim Velloso, o segundo doutor que se graduou,