No limiar da Amazônia
Não era Ferreira pessoa que se aproveitasse de qualquer dificuldade para alongar o repouso prescrito após a travessia. Assim foi que encetou as suas pesquisas, na própria capital, enquanto não lhe proporcionavam meios de transporte para outras paragens. E a 7 de novembro, embarca, satisfeito, para Marajó, a que iria aplicar a sua vista ansiosa de lobrigar aspectos novos, de outrem desconhecidos. Estadeia, de golpe, a sua atividade inexcedível, atenta a multivários fenômenos.
Valendo-se da maré propícia, toma, às 11 horas da noite, a canoa "N. S. da Piedade", em companhia do inspetor geral, Florentino da Silveira.
Apontam-lhe, à direita, a vila de Penacova, distante meia légua, e, sucessivamente, o sítio de Val de Canes, em que os "Religiosos das Mercês" possuíam engenho de beneficiar arroz, olaria, fornos de cal e culturas diversas, do livramente, pertencente aos "Religiosos do Carmo", do Pinheiro, por onde se lhes dilatavam os domínios, e por fim, já na ilha de Caratatuba, a fazenda de Fernando Borges.
Pela madrugada de sábado, alcança a Bahia de Santo Antonio, graças à destreza de 19 remeiros, que lhe foram destinados à expedição.
Aproando para o Norte, em busca da ilha do Mosqueiro, tomou-lhe terra na ponta aprazível, onde se enamorou da paisagem.