A ordem privada e a organização nacional – Contribuição à sociologia política brasileira

interessantíssima que se colhe na Historia de Portugal de Alexandre Herculano:

"Nós N. alcaide e N. e N. e o Conselho de Coimbra chamados e apontados por nosso pregoeiro, de sciencia certa e de expontanea vontade, consentimos e concedemos que el-rei nosso senhor faça feira e tenha açougues (mercado permanente de victualhas), fangas (mercado de arinhas), e alfandegas com sua estalagem, no sitio em que lhe parecer na almedina, sendo em chão seu, mandando vender tudo pela maneira que vai determinado".

A comuna, ou o município, precedendo à monarquia nacional portuguesa, floresce com o gênio peculiar da península, encontrando em Portugal, sobretudo desde a Idade Média, a sua fase mais enérgica e vivaz, para repetir Herculano.

Mas, é o espírito do fragmentário, da divisão, da adesão à entidade local e regional a dominar historicamente todo o povo português desde as suas origens, a flama animadora da organização municipal.

Bem nos adverte disso Alexandre Herculano, à p. 87 do vol. 3º de Historia de Portugal:

"O caráter dos municípios, ainda que obedeça a tipos preexistentes, não atende a um

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