de campônios e pescadores, quase sem agricultura, indústria e comércio, transfigurou-se em uma das mais conhecidas nações da Europa.
João I reinou de 1385 a 1433. A primeira parte do seu governo transcorreu em lutas contra Castela que alimentava pretensões sobre o território lusitano. Era difícil a posição do Mestre de Avis. Continuavam as vitórias dos castelhanos sobre os mouros e a política dos casamentos, numa persistente tentativa de unificação dia a dia mais ameaçadora para os vizinhos. Conseguida por fim trégua entre Portugal e Castela em 1398, João I viu-se isolado entre a Espanha e o mar.
Havia por essa época, um covil de piratas maometanos em Ceuta, extremamente daninho às costas portuguesas. Para levar a cabo uma expedição contra eles foi preciso reunir tropas e naus, num esforço felizmente coroado de êxito. Começou desse feito de armas o poderio naval português. O infante D. Enrique, terceiro filho do rei, colheu na praça conquistada preciosa documentação sobre a geografia do continente. Percorriam os árabes a África em caravanas, até rios muito ao sul, onde existia tráfico de mercadorias e resgate de escravos. As informações encontradas em Ceuta, juntadas a outras que o príncipe já possuía, orientaram-no com segurança para os descobrimentos marítimos.(3) Nota do Autor
Falecido o mestre de Avis sucedeu-lhe o filho Duarte I (1433-38). Prosseguiram as tentativas do