Rumos e Perspectivas

Aquelas são as espécies leguminosas, arborescentes, lenhosas e permanentes; estas as herbáceas e periódicas. As cactáceas e bromeliáceas, xerófilas por excelência, prosperam mesmo no calcário cristalizado, os mofumbos e as oiticicas crescem nos terrenos de aluvião, as carnaubeiras utilíssimas farfalham pelas baixadas frescas dos ipus. Nas colônias das catingas associam-se os vegetais resistentes às gramíneas e ciperáceas instantâneas. Mas o tabuleiro onde os arbustos hamadriádicos cravam as raízes, troca muitas vezes a secura de pedreira pela umidade dos brejões. O vegetal continua armado das aptidões de um Proteu. Diminui os folíolos e os poros, espessa o tecido de células do cerne e as películas fendilhadas da epiderme, toma a expressão de enfermo. No esforço tenacíssimo de suprimir todos os órgãos de evaporação, as juremas, os faveleiros e cardeiros despem-se de folhas, o imbuzeiro e outros conservam quanto possível as copas verdachas. As quixabeiras, as pereiras e por último os joazeiros dão a grata ilusão de ilhas de primavera, imarcescíveis nas combustões das lajes, do pedregulho e do areal; os grãos das higrófilas desaparecidas na queimada guardam a vida latente em germinabilidade espantosa.