Rumos e Perspectivas

— ao Brasil central. A flora característica cobre grande parte das altas regiões, quer seja o elevado terreno dos tabuleiros, quer o baixo das encostas. A incursão na província dessa flora por parte de todos os outros sub-reinos do egrégio naturalista é evidente. As planuras atapetam-se de quássias, bauínias e mimosas forrageiras, cuja excelência a mandioquinha e o timbó miúdo comprometem. Sobre ela se entremeia a vegetação arbustiva, raleada e pecã, anonáceas várias, bromeliáceas cortantes, palmas eréteis, as rijas e feias velózias. As epífitas são raras e as fanerogâmicas mais ainda. O Mato Grosso é antes denominação geográfica que a realidade de um aspecto botânico. Ao longo das chapadas inferiores ou superiores, que sucessiva e interminavelmente formam o bloco das terras centrais, não existem as florestas impressionantes, ricas de parasitas e encordoadas de lianas, de aspecto asselvajado e melancólico, semelhante às que engastam os charcos da Amazônia. A \"canela de ema\" e mais uma ou outra dicotiledônea, entre os montículos de cupins, dominam as charnecas das chapadas semiáridas; o ipê, o buriti e a pindaíba pompeiam nos capões das baixadas úmidas, onde se aninham rubiáceas venenosas, os jaós dão pios e a jataí faz o mel. No fundo dos