deixou-nos uma coleção de imagens que nos suprime o tempo; Roberto Walsh e Miss Graham escreveram livros que são rumas de verdades e de reflexos fiéis. O tempo da introspeção viria bem mais tarde. É no estado adulto ou mórbido das civilizações que elas inscrevem na consciência a epígrafe de Delfos.

A sociedade brasileira no primeiro reinado, não diferindo em absoluto das que lhe seguiram, distingue-se, contudo, por trazer mais de perto o peso da hereditariedade colonial. Foi a época vertente dos primeiros conflitos, chocados nas primeiras experiências constitucionais. Acentuaram-se então as conflagrações dos costumes e das ideias. A Independência, se já não trouxesse consigo os caprichos da novidade e as ansiedades correlativas, sugeria adiantamentos radicais, experimentados, afinal, no republicanismo cascudo e atabalhoado da Regência. Nos governos conchavam-se os caracteres de um tempo que os conserva ou faz nascer. É o índice de verificações sociológicas que não falham. Só com uma lista de nomes de chefes temporais, se recompõem os momentos da nacionalidade. César, o corrupto, é a hegemonia latina do mundo; Isabel, a última Tudor, a arrancada de uns ilhéus, para o domínio do comércio e da colonização universal. Ai dos