Rumos e Perspectivas

simplesmente sanguinolentos e ferozes. Triste do imbecil ou do cobarde. A tirania do ergástulo sendo ainda assim preferível à tirania de sebo dos patolas no poder...

À frente do Brasil, em 1822, encontrou-se um moço que era o resultado do meio para que se o transplantara. Atirado menino às pingas da América, inculta e distante, nasceu ele para o Novo Mundo nas dobras de uma catástrofe. A sua juventude passou-se no acantonamento de uma coroa pendida entre desgostos domésticos e a confiança adorativa, distribuída por igual do conde de Linhares ao derradeiro miliciano, do bispo dom José Caetano da Silva Coutinho ao último irmão das almas. A verdade é que ele, com a ignorância reinante e as fervidas aspirações coexistentes, foi instrumento dos mais fortes representativos. Tinha o sangue azul na guelra, as violências quase de diátese mórbida e fulminativa; coincidia-lhe a mocidade com a emancipação do país, que ele teve de reger pelas formas adversas da vontade própria e da lei comum. Haviam-lhe oferecido os velhos moldes da península, com o prestígio da casta realenga a que pertencia; ele rompeu com o passado, atirando-se aos braços da nacionalidade que o esperava, entre balbucios do alfabeto, com que, mais tarde, se comporiam cartéis incendiários,