Rumos e Perspectivas

fazendas, nos rocios e pátios, no terreiro das roças, nos salões da cidade, ela ia aparecendo aos homens, em visita e nos saraus, aceitando o braço dos cavalheiros em passeio. Não se contentavam em se expor nas gelosias ou à varanda dos prédios, e frequentavam algumas ruas tornadas a galeria da elegância nacional, os corredores de francesias, frioleiras e destaques. Emancipando-se da prisão do harém, a brasileira despenhava-se na ostentação, por vezes audaciosa, a que chegou nas avenidas de nossos dias. Os tecidos próprios de interior, entretecidos a ouro, começavam a raspar o pó dos calçamentos. As arrecadas e os anéis pediam brilhos ao sol. As sarjetas respingavam nas sedas vistosas. A corrupção das mulheres no tempo do Brasil reino e dos vice-reis não se agravou, no primeiro reinado, com as saídas de Penelope às vielas da exposição em comum; mas a impressão piorou, e o aparato de fofices da via pública, se divertiu a uns e outros, aumentou o descalabro do magro tesouro da previdência particular, liquidada nas farfalhas de Paris.

Contudo a brasileira amava a prole, indo, é bem verdade, a sua ternura a extremos contraproducentes. Nenhum problema mais doloroso que o apartamento dos filhos. Aterrava dar-lhes destino. O ideal seria a magistratura