de seus representantes. Entre os ornatos da sala, cruzavam-se, na coloração natural e felizmente emblemática, os festões verde-amarelos de palmeiras. Euclides da Cunha, inflamado pelo desquite, empunha a taça, e, num golpe rijo de inspiração e de ironia, agradece aos bolivianos terem-se lembrado de, na falta ocasional da bandeira de sua pátria, pedir à floresta para representá-la, arrancando à selva pedaços do vegetal rijo e espadanado, que era o símbolo mesmo da retidão e da altura!
Em Canudos, Euclides da Cunha com as curiosidades naturalísticas de Marcgraaf, o horror dos profetas de Sião e a probidade histórica de um Políbio, fazia de repórter para dar às nossas letras uma obra-prima monumental, toda em nervos, desenrolada em pinturas murais e vinhetas de água forte. Uma tarde se encontra ele nos pedregais da encosta com o velho amigo do general em chefe, ao qual se atribuíam os avisos e pareceres favoráveis ao sangue e extermínio da jagunçada. Euclides fita no asco o conselheiro das degolas, o soprador das matanças. O campeão da Inteligência, adverso aos abusos da Força experta, parecendo ter recebido no flanco o acicate que o afoita, aproxima-se muito do monstro e acessor do alto comando. Divisando, então,