Rumos e Perspectivas

seguir uma linha reta no meio das contorsões e tortuosidades dos canalhas felicissimos que o rodeiam."

Aos 22 anos, Euclides lançava, em caderno escolar, o programa de itinerário futuro pelo meio das dissensões de sua alma com o Universo, com esta observação digna do frontão de um templo: "A marcha de um homem verdadeiramente bom é feita através de reações contínuas."

Mas Euclides da Cunha não devia ser, como não foi, o combativo de esporão afiado em agressões espetaculosas, o emproado de ataque, embandeirado em arco e de morrão aceso... A sua forma preferida era guardar distância e, quando muito, anotar a miséria que o revulsava, em esforço fulminativo e candente. O ignoto conhecia-se. Afastava-se, poupando os que pretendessem tocar-lhe irreverentemente a epiderme. Nessa atitude encerrou os tesouros de cordialidade enternecida, combinando as intuições do claro engenho com os motivos casuais da mágoa particularizada. Segregou-se. Vexava-se às pilherias sem limpeza. A sua fisionomia, mesmo no calor de camaradagens literárias e acadêmicas dos últimos tempos, era a de canhestro à esgrima dos malfalantes,