O inventário desses nomes, seu exame etimológico, faz o autor com segurança no vocabulário que fecha seu livro. Nos primeiros capítulos estuda a Etnografia africana, a penetração do continente negro, a obra dos exploradores e missionários, para abordar a classificação etnográfica daqueles povos baseada na linguística, desde os ensaios de Lepsius e Meyer, até as classificações modernas de Delafosse, Homburger e Drexel. Em seguida passa a tratar dos povos importados pelo tráfico negreiro para o Brasil, com os seus três centros principais de atração: Pernambuco, Bahia e Rio.
De modo geral, pode-se dizer que para essa imigração concorreram apenas dois grupos étnicos: o Bantu, com as suas diversas denominações tribais, para o norte e para o sul; o Iorubá, ou Nagô, também inçado de designações várias, para o centro. As necessidades da lavoura, como depois as necessidades da mineração, determinaram, ou melhor, forçaram a imigração, bem assim a consequente distribuição dos negros por onde eles se faziam precisos. Nos dois primeiros séculos, Pernambuco e Bahia, foram "os grandes centros de condensação africana" — disse Oliveira Viana, e repete o autor; a mineração, no século seguinte,