capitais do país. Belém, além disso, possui hotéis de primeira ordem, teatros suntuosos e uma sociedade culta, trabalhada intensamente pelo convívio com os europeus e americanos do norte. Basta dizer que, até alguns tempos atrás, a sociedade paraense não conhecia outra praia de banhos que não fosse Barbados, nas Antilhas, e as suas estações de água eram feitas em Vichy e Carlbad. Nesse tempo o sul não oferecia os encantos de hoje e os paraenses procuravam fora do país o conforto, de acordo com aquele a que estavam habituados em sua terra. Conhecemos muitas famílias que não conheciam o Rio de Janeiro e já haviam percorrido toda a Europa. Para tanto havia a facilidade da navegação direta entre o Pará, Europa e América do Norte, assim como a riqueza em que nadava toda a região amazônica.
Os paraenses devem ter um orgulho: Belém é fruto autóctone. Existem lá muitos estrangeiros, porém, o filho da terra sobressai, nem só pelo seu gosto apurado, como também pelo seu espírito nacionalista e organizador. Uma das colônias tem conseguido impor-se — a portuguesa. Identificou-se ela ao meio e não se sente hostilizada como em outros pontos do país; foi racionalmente absorvida, sendo de índice cultural elevado.
Belém possui parques, um Bosque Municipal, um museu de História Natural (Museu Goeldi), um Instituto de Química, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Farmácia e de Odontologia, Escola de Comércio, Escolas Normais, Ginásios,