Reservas de brasilidade

humano, plasmando destarte um ser cheio de qualidades, comparável somente ao nordestino de onde deriva e que, como o caboclo do Amazonas, é um produto da seleção. Nem poderíamos compreender a rija têmpera do homem do nosso Nordeste sem a seca periódica que lhe aumenta a resistência...

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Outro fenômeno interessante no Amazonas é a ausência do negro. No interior dos dois grandes estados da planície quase não é visto o homem de cor. Em Belém, devido ao elemento português, ajudado ao tempo do Império pelo braço escravo, ainda se encontra bastante preto, mas, em Manaus e quase todo o interior do Amazonas e do Pará o preto é encontrado por acidente. O que existe lá é o caboclo, o índio já, trabalhado pelo convívio do branco, constituindo quase a totalidade da população do hinterland da planície amazônica. Já existe também um grande número de mamelucos e uma grande colônia de nordestinos. Com a queda da borracha a maior parte dos cearenses, paraibanos, maranhenses, piauienses, pernambucanos e rio-grandenses do norte procurou outras plagas. Ficaram os que não podiam sair.

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A alimentação do nativo é parca e simples: peixe, caça e farinha. A ciência diz em sua última palavra que o homem quanto mais se afasta da natureza menos

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