vive, menos resistente fica. Em matéria alimentar, então, ninguém discute mais: a mortandade produzida por enfermidades gastrointestinais nas cidades é produzida pelos regimes dos alimentos artificiais, isto é, de conserva. O condimento entra como grande fator na desordem alimentar do homem civilizado; o sal que comemos é supérfluo, pois, o mesmo é encontrado em muitas frutas e em verduras facilmente digestíveis. É por isso que a nossa mesa civilizada concorre para diminuir a nossa longevidade e para nos levar mais rapidamente à morte. Talvez seja por essa razão que o nosso sertanejo, apesar de dizimado pelo ancilóstomo, continua a ser elemento de ação. O caboclo do Amazonas come peixe e tartaruga; vive muito e quando trabalha é um exemplo de resistência.
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O passadio a bordo dos vapores que viajam no Amazonas e seus afluentes é bom. Comida farta e geralmente bem feita, completada pelas frutas saborosíssimas da região, que são em grande número. Em qualquer lugar onde o vapor pare há sempre o que comprar; ora frutas, ora doces. Óbidos, cidade à margem do rio, é especialista em doces de tamarindo; oferecem-no à venda em verdadeiros trabalhos artísticos, com floreios em açúcar colorido. Santarém, a mais importante cidade ribeirinha, é sortida de frutas e águas de cheiro. Não há quem passe por esta última cidade que não fique com a tentação de experimentar