História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

do seu sarcasmo, objetou: faltava o consentimento dos que lá estavam... - E respondeu ao ofício em que se comunicava a exigência da fórmula, "Saúde e Fraternidade": Nesta casa ainda há Deus...

Os políticos em evidência tiveram honras militares: Quintino, Glicério, Campos Salles, o próprio Ruy... Uma alegoria!

ÓDIO AO PASSADO

Um ódio frívolo ao passado circulou pelas cidades. Os antigos símbolos desapareceram. A intranquilidade dos quartéis aguçou essa ira de massas. Os populares que arrancaram as coroas dos gradis do Campo de Sant'Ana (agora Praça da República) quiseram derrubar a estátua de D. Pedro I ao Rocio (aliás praça Tiradentes). Por pouco esse admirável monumento não desabou do seu soco de bronze. O Colégio Pedro II ficou sendo Colégio Nacional, o Largo do Paço, Praça 15 de Novembro, a Estrada de Ferro Pedro II - Central do Brasil. A estrela apunhalada pelo gladio da justiça - do timbre republicano - tomou o lugar das armas imperiais. A tradição mais comovida e poderosa do calendário cívico passou a ser Tiradentes. Os que na véspera não acreditavam na República, agora a julgavam eterna, estranhou Nabuco. Escritores positivistas tentaram uma revisão crítica da história: para condenar as guerras, promover a devolução de troféus, a extinção de emblemas guerreiros, da glorificação do velho heroísmo. As culpas da monarquia, do parlamentarismo, a pessoa

História social do Brasil: a época republicana - Tomo III - Página 20 - Thumb Visualização
Formato
Texto