História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

a metralhadora Maxim. Com 58 praças foi o bravo capitão João Gualberto assaltado por 300 fanáticos armados de facões, rifles e terçados. Quis manejar a metralhadora, e esta falhou. Atacado pelo "monge", prostrou-o a tiros de revólver, porém não lhe evitou o golpe de facão, na cabeça: tombaram mortos, o chefe legalista e o caudilho torvo(263). Nota do Autor A força debandou.

Logo os dous Estados interessados cuidaram de remeter tropas: a acesa questão limítrofe poderia transformá-las em beligerantes. Achou o governo federal indispensável uma intervenção em regra, afastando os contingentes estaduais. Mas agiu hesitante e economicamente, repetindo, no sertão do sul, o erro outrora cometido no sertão do norte.

Pequenas expedições foram lançadas sem resultado sobre o reduto de Taquaraçu, o arraial de Canudos dos fanáticos do Contestado. Só foi arrasado em fevereiro de 1914, pela artilharia de montanha (comando do tenente-coronel Duarte de Aleluia Pires). Mas os sertanejos se fortificaram adiante, no Caragoatá, domínio do fazendeiro Manoel Alves, protetor, deles, e por isso aclamado "imperador". Os soldados não podiam desalojar aquela furiosa gente com algumas peças, umas centenas de baionetas, num território desconhecido. A campanha prolongou-se, favorável aos rebeldes bem escondidos e entrincheirados

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