História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

XVIII

UM SÉCULO DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA


A sucessão de Wencesláo Braz teve a naturalidade dum sistema que se confirma, a placidez duma ordem que se não contesta.

Devia a S. Paulo a cadeira. Fora Rodrigues Alves o seu eleitor primordial. Pois aconselhou - protestando uma neutralidade sóbria - que a Rodrigues Alves se restituísse a cadeira. Para vice-presidente, daria Minas o sr. Delfim Moreira. Os dous grandes estados revezaram-se, utilmente aliados, projetando sobre a política, sem chefes permanentes, a invencível união. "Café com leite", maliciava o povo. Realmente uma fórmula hábil de substituição de partidos, desaparecidos, de forças morais, ineficazes, de correntes organizadas, por uma definitiva coligação de governadores. A vice-presidência servia para estreitar o laço. Importava uma antecipação de compromissos. S. Paulo estaria no Catete em 1918, e Minas em 1922. S. Paulo voltaria em 1926, e Minas, logicamente, em 1930... O homem capaz de perturbar esse equilíbrio caíra, apunhalado, num saguão de hotel, três

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