História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

a revolta(280). Nota do Autor Amanheceu 5 de julho com os canhões do forte de Copacabana a ameaçar a cidade, e em armas a Escola Militar. Rapidamente sufocada a sedição dos alunos, a do Forte se extinguiu num lance de desesperada bravura: o sacrifício, na praia de Copacabana, de dezoito combatentes, que enfrentaram até o último alento as colunas legais.

O estado de sítio então decretado amorteceu temporariamente a agitação que ia pelo país. As comemorações do centenário da Independência transcorreram serenas e refulgentes. O Sr. Artur Bernardes empossou-se sem maiores obstáculos na suprema direção da República, em 15 de novembro. Mas o abalo produzido pela sucessão, pela revolta, pelas medidas policiais subsequentes A repressão, pelo advento do candidato contra quem tão largamente propagara as suas iras a "Reação republicana", preveniam os espíritas e advertiam as consciências acerca das próximas tribulações, dos choques inevitáveis que teriam, pouco depois, de pôr à prova a estrutura e as molas do regímen. Evidentemente a atitude cauta e oportuna de Borges de Medeiros negando, na hora decisiva, o seu concurso à revolução, contribuiu sobretudo para que se circunscrevesse à capital federal, ao longínquo Mato Grosso, a demonstração armada. Enfraquecera-se ele próprio, contudo, em face dos adversários internos, pelo malogro de sua política de "veto" e oposição, e logo no

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