História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

ano seguinte tinha de arcar com a insurreição federalista, que soprava as brasas do "irredentismo" de 93. A República experimentava as últimas consequências do "sistema" de Campos Salles, da "organização" empírica que a vertebrava, de sua "estática", de ordem e conservação.

1922

1922 limita essa história política, como se devessem reunir-se numa só época todas às queixas do passado, todas as objeções da prudência, todas as excitações do desencanto, todas as impaciências da desilusão.

A ideia da revolução instala-se nos debates públicos, como uma fórmula.

Presente-se que a paz nacional depende essencialmente dos governos estaduais e dificilmente poderia manter-se noutra crise de sucessão presidencial, assim tumultuosa e embravecida.

Percebe-se que a arquitetura de 1891 está a exigir uma larga remodelação.

O revisionismo de Ruy - potente voz que para sempre silenciou em 1 de março de 1923 - para certas inteligências devia prevenir os males crônicos que empurravam a nação, por fatalidade e lógica das cousas, para a aventura das soluções imprevistas. Como em 1889 já não havia fiéis da monarquia que ousassem gritar a sua fidelidade, em 1922 já não tínhamos republicanos de qualquer modo contentes com a República que aí estava.

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