EPÍLOGO DE UM SONHO
Fora nomeado seu sucessor Diogo Botelho. Assumiu o cargo em Pernambuco em 1º de abril de 1602.
Alvaro de Carvalho continuou na Bahia ainda por ano e meio.
D. Francisco não se sentiu obrigado a deixar logo S. Paulo. A sua nomeação clausulava-se com o "enquanto bem servisse"... Das atas municipais consta que em 9 de agosto de 1603 voltara do interior com a sua gente(1). Nota do Autor Transmitiu-lhe Botelho ordem régia para recolher-se à Europa (19 de março de 1605) e só depois disto - resolvido a ir pleitear a sua causa, e das minas almejadas, em Madrid - se repatriou com pressa de regressar, intimando os moradores a não bulirem nos "descobertos", ansioso pelas mercês e promessas que lhe recompensassem as alvíssaras. Esse entusiasmo tinha bom advogado no duque de Lerma. D. Francisco regressou, em 1608, governador das capitânias do Espírito Santo, Rio e S. Paulo, com a segurança do título de marquês das Minas e convicto de sua fortuna, que, por uma ironia do destino, o traiu em S. Paulo, como traíra a Gabriel Soares na selva do nordeste; esse Pizarro português, esse Fernão Cortez malogrado, morreu tão desvalido, quatro anos depois, que a própria vela, que lhe alumiou a agonia, foi de empréstimo dos frades carmelitas...
De Diogo Botelho, da segunda administração de D. Francisco e da expansão bandeirante, diremos no seguinte volume.