de Evaristo, à sua "leitura dos bons autores".
Tratava-se de um adolescente ávido de saber, com uma precoce seriedade, todo voltado para os estudos.(5) Nota do Autor Precoce seriedade de feitio moral e precoce desenvolvimento de gosto literário.
Na época em que Evaristo concluiu a sua educação, já seu pai, deixando a função de mestre-escola, montara uma livraria na Rua da Alfândega. Para o moço ansioso de conhecimentos, nada poderia ser mais propício. Os livros que Francisco Luis Saturnino da Veiga recebia da Europa e expunha à venda tinham no filho o leitor mais curioso. Quando se abria um caixote chegado de novo, certamente ele era o mais impaciente, o que queria ter logo essa alegria que os amantes de livros conhecem, de folhear a obra desconhecida ou só conhecida de nome, de aspirar-lhe o perfume, de sentir-lhe o contato intelectual e mesmo material. Orgia de leituras! Evaristo leu o mais que pode, armado da facilidade que lhe dava a familiaridade com o latim, o francês, o inglês, o italiano. O projeto frustrado de partir para Coimbra encontrou compensação na livraria do pai; Evaristo não partiu, não seguiu nenhum curso universitário, mas "formou-se por si na universidade"