Evaristo da Veiga

"Unem-se em laço eterno neste dia

A casa de Bragança e a casa d'Austria

Firma-se a successão do Luso Throno

Suave nó, santissima alliança.(10) Nota do Autor

A infeliz D. Leopoldina terá tido suas razões para julgar errado o vaticínio do poeta: o nó não foi assim tão suave. Mas estava garantida a sucessão do "Luso Throno", diante do qual o poeta obscuro entoava loas, cantando "os anos de S. Magestade" em 13 de maio de 1819 e em 28 de abril de 1820, o "anniversario da Acclamação d'El Rei D. João VI", compondo nênias à morte da rainha de Espanha, que

"... a gente ibera

chora, e com ela a gente portuguesa"(11) Nota do Autor

"Luso Throno", "Gente portuguesa", é incontestável que a esse tempo não passava pela cabeça de Evaristo (e já corria o ano de 1819!) a mais leve suspeita de que com mais três anos o "Luso Throno" se tornaria cousa odiosa e a "gente portuguesa" povo inimigo. Ele era então um português da América, um luso do Rio de Janeiro.

Quando esmorecia a nota política de conformismo integral, de fidelidade absoluta a Portugal,

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