Evaristo da Veiga

despontava outra que foi sempre traço marcante de sua natureza, mas em que se descobrem reminiscências clássicas, influências de poetas e escritores gregos e latinos: o sentimento da amizade, o culto dos amigos.

Evaristo era colega afetuoso, tinha um coração terno. Várias são as poesias dedicadas a companheiros de estudos, de quem se tornou amigo extremoso. De todos eles o mais aquinhoado pela musa evaristana foi um certo Machado, que mereceu nada menos de nove poemas. Villela, Thomaz, Siqueira, Luiz Alves (trata-se do futuro Caxias?), foram também tema de poesias, além de outros englobados num soneto de despedida da aula de filosofia, que começava assim:

"Caros amigos, que leal, sincero

Com puro afeto de minh'alma estimo

Os adeuses do vosso terno Alcino

Ouvi, se me quereis, como vos quero.

Candido, Estevam, vós, que eu considero

Do pátrio Rio Grande, a Gloria e Mimo,

Freire! Fiel Machado, ah! nem me animo

A dizer-vos o adeus triste e severo".

O "terno Alcino" tinha certamente na memória o soneto em que Bocage, o Elmano, se despedia de amigos:

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