Ora, porque fazemos isso?
Como o indivíduo, também cada etnia se revela segundo suas disposições, cada qual se comporta segundo o que a natureza e a educação fizeram dele. Ora, admite-se, em geral, que os alemães, pela conduta e pelo trabalho em casa, na roça, no comércio, nas fábricas, na escola e na igreja, nas repartições públicas, nos negócios particulares e em sociedades, merecem o respeito geral e, frequentemente, até glória. Qual será a causa? Que é que os torna capazes de tanto? Não é senão seu espírito germânico, isto é, falando alemão, pensando em alemão, vivendo à maneira alemã, que conservam costumes e hábitos germânicos, energia e ideais germânicos. Enquanto conservarem esse espírito germânico, hão de produzir sempre coisas extraordinárias apesar de seu número reduzido. Se o abandonarem, acontecer-lhes-á o mesmo que se deu com as diversas tribos germânicas que, durante a Idade Média, invadiram a Itália, a França e a Espanha e, sem deixar vestígios, se fundiram, apesar de seu grande número, com os povos românicos, por que adotaram as línguas neolatinas e se deixaram absorver, desta maneira, pelas convicções e maneiras de viver dos latinos.
Como não significa uma ofensa ou humilhação para outras famílias se defendemos a nossa com todas as energias, mesmo com sacrifício da própria vida, procurando amparar e levá-la, da mesma forma não pode ser considerada afronta para os nossos concidadãos de ascendência latina, se nos ufanamos da nossa descendência