Assimilação e populações marginais no Brasil; estudo sociológico dos imigrantes germânicos e seus descendentes

de modo que muitos foram expulsos de suas terras. - Ainda em 1926/27 essa mudança originou na colônia católica de Lago e na colônia evangélica de Quero-Quero (ambas situadas no município de Palmeira), consequências graves e exacerbação geral, por ocasião de uma remedição. O governo republicano do Brasil não reconheceu o privilégio porque o direito brasileiro não tem a instituição russo do Mir, mas somente a propriedade privada.(273) Nota do Autor

II. Há quem atribua a passividade e indiferença política dos teuto-brasileiros à servidão secular a qual estavam sujeitos os camponeses germânicos. Já aludimos às causas políticas que levaram centenas de milhares de camponeses empobrecidos a abandonar, no século passado, os territórios germânicos onde a pressão do regime da Restauração relegava os populares ao papel de meros súditos contribuintes para o erário real. Foi com esta mentalidade de "súditos que os camponeses germânicos se fixaram no Brasil. Embora ávidos de liberdade e relativamente independentes devido ao regime econômico da pequena propriedade, essa mentalidade os predestinava a servir, pelo menos em grande parte, aos interesses e manobras da "política de cabresto."

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