de contato com culturas asiáticas. Aqui se trata realmente de contatos que envolvem a possibilidade de conflitos que se estendem ao sistema inteiro. No primeiro caso, no entanto, tais conflitos somente se podem dar com relação a determinados aspectos culturais. Inteiramente esquecidos desses fatos elementares andam aqueles que se reportam, levianamente, a "quistos" étnicos de italianos, japoneses e alemães, como se não houvesse a menor diferença entre eles e como se a política de assimilação em face de tais "quistos" devesse ser ditada por pontos de vista idênticos. Não vai nisso uma afirmação implícita sobre a inassimilabilidade dos japoneses. Queremos dizer apenas que as condições de assimilação entre grupos culturalmente afins (europeus e americanos) são diferentes das que determinam a assimilação de componentes de um sistema cultural completamente estranho.
A suposição de que há representantes da espécie humana "inassimiláveis" a um meio humano por mais estranho que seja, é dogmática e envolve, quase sempre, uma ideia preconcebida. Desde que se admita o caráter social de toda espécie de cultura, já se afirma, implicitamente, a possibilidade da assimilação. Pois não poderia haver transmissão de dados culturais sem a capacidade maior ou menor dos indivíduos de assimilarem esses dados. Por maior que seja a diferença entre esses dados, não é possível negar que todos eles obedecem, no fundo, às mesmas necessidades.