e da subsequente avaliação podem resultar conflitos tanto mais graves quanto maior for a divergência entre as culturas em contato. Dado o caráter social de todo fenômeno cultural, parece inadmissível a hipótese de um grupo social inassimilável. Nos Estados Unidos, as marcas raciais representam um obstáculo maior para a assimilação dos alienígenas do que as próprias diferenças culturais.
A base do estudo da assimilação está a análise do meio originário dos imigrantes. A grande maioria dos imigrantes germânicos que se transplantaram para o Brasil, eram campônios. O estudo do meio rural germânico está, portanto, em primeira plana. A verdadeira comunhão do camponês com o solo ultrapassa longe uma simples sedentariedade. Em virtude dessa relação íntima com o meio físico, a cultura campesina é puramente local, revelando traços que se encontram, frequentemente, entre povos naturais. A própria ordem social da população rural germânica afigura-se como ordem existencial, abrangendo a vida do indivíduo em todas as suas manifestações. O rigor das tradições e o relativo isolamento do homem rústico repercutem de um modo específico, sobre o horizonte cultural, muito mais pobre em experiências, conhecimentos e iniciativas do que o do citadino. As populações campesinas da Alemanha viviam, até há pouco, à margem da nacionalidade cujas atuações lhes eram incompreensíveis.
Correspondendo à estreiteza do horizonte cultural, ao conservantismo rural, o controle racional exercido