História da Civilização Brasileira

desde o cabo de "São Roque" até "São Vicente", de acordo com o calendário cristão (1)Nota do Autor. De modo que, a 28 de agosto de 1501, viam o cabo de "Santo Agostinho", a 4 de outubro a foz do rio "de São Francisco", a 1 de novembro a baía "de todos os Santos", a 1 de janeiro de 1502 o falso "rio de Janeiro", a 6 a angra "dos Reis", São Sebastião no dia 20 e São Vicente a 22. Dentro dessa onomástica havia de enquadrar-se a primeira colonização, de um Brasil homogêneo, o das tentativas de penetração, que depois se desdobrou, pelo "saartão" dentro, pela ourilha do mar acima e abaixo, até limites de Espanha. A expedição de Vespucci, em 1501, retificou a notícia do escrivão Caminha: não havia "ilha de Vera Cruz", mas "terra de Santa Cruz", que era tudo América. E marcou-lhe o contorno, que passa a ser dos mapas, a partir de 1502, quando Cantino fez o seu: em dous anos a geografia se renovara.

BRASIL E ORIENTE

Mas a Vespucci não animara o otimismo de Pero Vaz de Caminha: o país pareceu-lhe desprovido de metais e sem outra riqueza além da canafístula e da madeira de tingir, o pau "brasil", que a Europa costumava importar da Ásia.

Quando a Índia tinha os segredos e os tesouros de uma civilização remota à mercê do primeiro almirante ocidental, aquela terra verde e pobre, povoada de um gentio que devorava o seu semelhante, como aconteceu a dous marujos no cabo de São Roque, não havia de atrair os nautas-mercadores. E não atraiu

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