II - A EXPERIÊNCIA FEUDAL
Aconteceu que os judeus foram obrigados a emigrar, açoitados por uma perseguição feroz (1506). O seu instinto mercantil adivinhara as riquezas naturais do Novo Mundo. Teriam aqui tranquilidade e segurança. O Santo Ofício não os inquietaria (1)Nota do Autor. Para o oriente foram os guerreiros: para o Brasil, os pacíficos cristãos-novos. Fernão de Noronha, em 1503, contratando o comércio do pau-brasil (2)Nota do Autor, preconizou essa colonização hebraica: era judeu, como a maioria dos povoadores de Pernambuco e da Bahia no I século. À grande mobilidade, à facilidade de adaptação e à humildade de vida, juntavam aqueles imigrantes a virtude da paciência. Quando só se pensava em minas de ouro e no escambo das drogas orientais, eles agricultaram a terra, admirando a semelhança da sua flora com a de São Tomé, deram à conquista do Brasil um aspecto puramente agrícola, e lhe determinaram o destino.
Entre o Cabo Frio e o de São Roque, as primeiras navegações delimitaram a zona da madeira, a cujo tráfico se entregaram, de 1503 a 1531, (3)Nota do Autor quase livremente,