História da Civilização Brasileira

umas e outras acamaradas dos gentios, expedições portuguesas e francesas. Foi a época da extração, que precedeu à do cultivo, à do comércio, que antecedeu à da lavoura, por isto capitulada na história geral das navegações. Os índios distinguiam portugueses e franceses pela barba: os loiros eram os franceses, como se vê da relação da viagem de Gonçalo Coelho ("...e tinham quase todos a barba ruiva...") (1)Nota do Autor. Hans Staden confirma: "Disseram-me que se tinha barba vermelha como os franceses, também tinham visto portugueses com igual barba, mas eles tinham geralmente barbas pretas." (2)Nota do Autor. Os navios partiam de Honfleur (como o "Espoir", 1503), Dieppe (nau "Bretôa", 1511, João Ango), S. Malô, San Lucar (Solis, 1514), Corunha (D. Rodrigo de Acuua, 1525), e Lisboa ou Porto, indistintamente, arribando ao Brasil como à "terra de todos", que já interessava os portos da Bretanha quando a diplomacia portuguesa achou conveniente intervir. Em 1520 Schoener dividia a América austral em duas partes: "Brasilia sine papagalli" e "Brasilia inferior" (3)Nota do Autor.

O PAÍS

O país era alegre, os ares sãos, os índios domáveis, pois conseguiram viver com eles alguns degredados, como o "bacharel de Cananéia" (1502-1530), um espanhol que foi encontrado, entre potiguares, de beiços furados, o Caramurú na Bahia, João Ramalho no sul, depois Martim Soares Moreno no Ceará. Os portugueses aí desfrutavam saúde: o piloto de Fernão de Magalhães, português, antes de guiar-lhe a

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