História da Civilização Brasileira

armada à volta do mundo, morara no Brasil quatro anos: um seu filho, tido de uma índia, o acompanhou na grande viagem. Vespucci julgara-o como a um paraíso: "Terra mui salutífera..." acrescentaria Gandavo (1)Nota do Autor, confirmando o louvor de Pero Vaz de Caminha. Urgia, pois, defender o Brasil, garantindo a posse portuguesa: em 1516 foi mandado, com dous navios, Cristovão Jaques, para policiar a costa e deixar em algum surgidouro feitoria, à moda das de África. Fundou-a em Pernambuco. Essa feitoria floresceu; o capitão Pero Capico experimentou a plantação de cana-de-açúcar e chegou a exportar algum, em 1521 - o primeiro açúcar feito na América -; porém decaiu, entre 1521 e 1530, talvez falta de gente, sendo afinal destruída por um galeão francês. Coube a Martim Afonso de Souza, em 1530, caçar os corsários franceses, reavivar os vestígios do domínio de Portugal e levantar outras povoações, principalmente no rio da Prata, já procurado pelos navegantes espanhóis. A expedição, confiada a um fidalgo poderoso, devia traçar na geografia americana o mapa político. Demarcaria a colônia, distribuiria pela costa os povoadores, daria às feitorias um sistema administrativo e expulsaria os traficantes estrangeiros. Duas naus, um galeão e duas caravelas bastaram para o empreendimento, que ainda os navios portugueses tinham sobre os estrangeiros a vantagem da pesada artilharia, que os outros navegantes não logravam montar nos seus barcos - e fora uma das razões do sucesso náutico-militar de Vasco da Gama e dos outros almirantes da Índia (2)Nota do Autor. Em Pernambuco, tomou Martim Afonso três navios franceses; mandou dali para o norte, na direção do Maranhão, a plantar padrões de posse, Diogo Leite com duas caravelas

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