História da Civilização Brasileira

para o seu patrimônio desfeito, e só em ultramar el-rei lhas daria, por que se povoassem as colônias. Na Índia as mesmas concessões prendiam os guerreiros, que lá iam enriquecer e brigar. Nem el-rei gastava da sua fazenda, nem recorria a medidas violentas para colonizar o Brasil: distribuia-o em feudos de cem e 50 léguas de litoral.

A primeira doação foi em 14 de março de 1534. Dos capitães escolhidos, militaram alguns na Índia e eram bravos soldados: Duarte Coelho (Pernambuco), Francisco Pereira Coutinho (Bahia), Aires da Cunha (o norte), Vasco Fernandes Coutinho (Espírito Santo), Martim Afonso e seu irmão Pero Lopes ficaram com São Vicente e Santo Amaro, Porto Seguro coube ao rico vianês Pero do Campo Tourinho; Ilhéus ao escrivão da fazenda da Corte, Jorge de Figueiredo Correia; a costa leste-oeste a Fernando Alvares de Andrade, tesoureiro-mor do Reino, a João de Barros, o historiador, e àquele Aires da Cunha e Antonio de Barros Cardoso; e Paraíba do Sul a Pero de Góes, companheiro de Martim Afonso.

O AÇÚCAR

Apenas duas capitanias vingaram.

A não ser em São Vicente e Pernambuco, fracassaram todas as empresas, de grandes cabedais - início do desenvolvimento mundial do comércio que se aplacaram a explorá-las: ou porque os portugueses só sabiam trabalhar para si, não para capitalistas, que, à moda de Holanda, esperavam em Lisboa o seu provento, ou porque não se antecipara aos trabalhos um reconhecimento da terra e sua efetiva ocupação. Assim em Ilhéus, Lucas Giraldes, que comprou

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