Estes apontamentos resentem-se da diversidade de cenários em que foram escritos.
Lançava mão da pena, depois de uma longa jornada, e, assentado no chão, tendo por mesa a minha cama, traçava a esmo e sem plano as observações que fizera no dia; outras vezes, escrevi-as debaixo de uma árvore, na beira de algum córrego, ou no camarim estreito do nosso barco; muitas vezes, largava da pena para lançar mão da arma de fogo, ou da faca de mato, para atacar alguma fera que aparecia próximo.
Escrito feito por esta forma não pode ser muito regular: são apontamentos esparsos, que eu tomava com o fim de coordená-los com outros que já possuo, quando tivesse tempo para sistematizar ideias, limar estilos e descrever com calma tudo quanto eu vira.
Esse tempo, infelizmente, agora me não é dado; apenas reuni o que escrevi, e, sentindo a desordem desse escrito, pareceu-me, contudo, que ele poderia propagar as ideias acerca da navegação do rio e comunicar ao leitor parte dessas impressões grandiosas e sublimes que eu lá senti... Publico-o, portanto, como está. Se algum dia me sobrar tempo, coordenarei e completarei o que por aí está escrito.