Correspondência entre D.Pedro II e o Barão do Rio Branco

ANEXO II

A FÉ DE OFÍCIO DO REINADO


Trata-se de um homem, cuja voz durante cinquenta anos foi sempre em Conselho de Ministros a expressão da tolerância, da imparcialidade, do bem público, contra as exigências implacáveis e as necessidades as vezes imorais da Política. Se chefes de partido disseram que com ele não se podia ser Ministro duas vezes, foi porque os impediu de esmagar o adversário prostrado. Ele se esforçou dia por dia, sem desanimar, para que os partidos excluíssem da PARTILHA DOS DESPOJOS, na frase americana, os grandes serviços públicos alheios à confiança política como o Exército e a Marinha, a Magistratura e a Polícia, o Culto e a Instrução. Ele pôde dizer com toda a verdade ao sr. Saraiva aludindo ao programa do Liberalismo adiantado e insistindo com esse estadista para aceitar o poder: "O senhor sabe que eu nunca fui um embaraço a nenhuma reforma desejada pela Nação". A lista das suas intervenções pessoais no desenvolvimento de nossa civilização de 1840 a 1889 poderia ser feita pelo número dos dias decorridos. De todo esse

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