Correspondência entre D.Pedro II e o Barão do Rio Branco

de dezembro, Rio-Branco dirigiu ao Monarca.

Com a deposição de D. Pedro II, ficou Rio-Branco profundamente abatido e foi só a 7 de dezembro, na véspera do dia em que devia receber o telegrama, que escreveu ao Monarca a carta que publico neste volume. Dou grande valor à mencionada carta, primeiro por ser a primeira missiva expedida por Rio-Branco ao Imperador após a proclamação da República, e segundo porque nesta carta, longe de encontrar uma só palavra que permita pensar que Rio-Branco tivesse exposto a sua situação e as suas dúvidas ao Imperador e lhe tivesse solicitado a sua decisão, é exatamente o contrário que vamos verificar. Sente-se, e isto de maneira positiva, todo ao longo da carta, que Rio-Branco sofreu terrível golpe com a queda do Império: "Agora mesmo é com extrema dificuldade que tomo da pena, e em tal estado de abatimento que faria compaixão a Vossa Majestade se pudesse ver-me...", e, mais longe: "nunca atravessei dias tão cruéis". Mas, de outro lado, existe uma frase que prova que Rio-Branco - que certamente deve ter pensado

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