I
A "FATAL ATENUAÇÃO".
É inegável que a partir de 1891, - dez anos, portanto, depois de fundado o Apostolado, no Brasil - o entusiasmo pelo positivismo já entrara em declínio. Daí por diante, a sua influência apenas se circunscreve ao estreito círculo do Apostolado. A partir dessa época, outras correntes da filosofia europeia, sobretudo o spencerismo ou aquelas que derivam do pensamento alemão, viriam amortecer as adesões ao positivismo e atrair a volúvel curiosidade da nossa elite intelectual.
É sabido que há uma espécie de constante na vida intelectual do nosso país: as ideias não são repensadas com suficiente vagar e não as prende, como muito bem observava Sílvio Romero (embora apenas observasse), um fio lógico que as ligue. As ideias, geralmente de importação, sofrem as vicissitudes da moda, do aparecimento de certas obras no mercado livreiro e são submetidas ao capricho da novidade. O positivismo não escapa à regra embora se mantenha, de modo difuso, em virtude de diversas razões, a influir sobre a inteligência brasileira.
O prestígio político do positivismo fora efêmero e ocasional. A intransigência nos princípios, as exigências de adesão religiosa impunham obrigações, talvez fortes demais, para a displicência aventurosa ou sibarita da elite cultural brasileira.(1) Nota do Autor
Assim, em 1897, o positivismo brasileiro já estava reduzido ao grupo do Apostolado e pouca influência