O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

suas páginas, Teixeira Mendes comenta o "conluio" que se teria estabelecido, desde a Independência, entre os retrógrados (os militares, os legistas) e os revolucionários (metafísicos democráticos), a fim de dominar o país e ensanguentar a nossa história. É esse conluio o obstáculo - diz Teixeira Mendes - que impede a ascendência do positivismo; é ele que dificulta a instalação do regime pacifico industrial. "As camadas dominantes do povo brasileiro, onde preponderam politicamente, como era natural, em virtude dos antecedentes históricos, os legistas e os militares - "destroços do governo temporal medievo"(3) Nota do Autor andam iludidas sempre pelo exemplo estrangeiro, principalmente pelo exemplo da França que empresta a Paris, "um aspecto retrógrado-revolucionário que ameaça de eternizar a dissolução humana - (...) fomentando em todo o Ocidente, e dai por toda a Terra, a decomposição dinástico-democrata"(4). Nota do Autor Um superficial empirismo as arrasta em nome de um duvidoso exemplo das nações mais adiantadas, em vez de fazer com que atendam aos reclamos do altruísmo e às indicações do bom senso pacífico-industrial, sistematizados pela ciência positiva e idealizados pelo conjunto das belas-artes, sob a direção da Moral"(5). Nota do Autor Tudo isso tem perturbado a influência regeneradora do positivismo no Brasil, afirmava Teixeira Mendes, depois de quase quarenta anos de pregação comtiana...

Mas a essa "fatalidade", juntam-se outras, como os nossos antecedentes ibero-americanos(6). Nota do Autor

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